quarta-feira, 9 de abril de 2014

7 Histórias de gelar o Sangue pelo autor.

Dia 8 de abril, o autor Antônio Schimeneck escreveu para o site Sports Mag sobre o seu livro 7 Hisótiras de gelar o Sangue. Muito interessante o jeito que ele descreve um pouco das histórias do livro, leia abaixo:

 

Quem não gosta de ouvir uma boa história de terror? Ainda mais se for contada numa noite de tempestade e com falta de luz elétrica. Com certeza, a emoção fica ainda maior. Ouvir e contar causos assustadores e que fogem da explicação natural é um fato muito comum no cotidiano dos mortais. Particularmente, sempre gostei das narrativas que causam medo e desconforto na hora de dormir. Na casa de minha avó paterna, a luz era fornecida por lampiões e, à noite, ficávamos em volta do fogão à lenha conversando durante horas. Guardo esta lembrança de forma muito clara: Seu Negrinho, o caseiro de minha avó, contava suas histórias de mau assombro, e eu ficava atento aos barulho de fora que pudessem prenunciar o desconhecido.Costumava ler à noite. No silêncio do meu quarto, conheci Maria Angula. Foram muitas noites de sobressalto. Aquela história com alma penada saindo do cemitério me deixou com um pavor tremendo. Até hoje sinto um pouco de medo dela, tanto, que não assisto filme de terror sozinho…
Agora, já um pouco mais crescido, surgiu a oportunidade de escrever algumas histórias de terror e suspense. Não perdi tempo. Comecei a lembrar daquelas velhas narrativas contadas ao pé do fogo; bebi na fonte de autores tão nossos, como a querida Rosana Rios e seu: Sangue de lobo; li os clássicos contos de Edgar Allan Poe, e deixei que esse universo ganhasse forma no computador lá de casa. E, assim, nasceu o livro: 7 histórias de gelar o sangue, lançado pela Editora BesouroBox.
A simpatia quem contou foi o Eliandro Rocha. Ele jura que aconteceu com uma amiga dele. Imaginei que ela não poderia escolher outro livro, senão O morro dos ventos uivantes, para colocar uma florzinha de cemitério.
Olhos na noite aconteceu com meu compadre Saraiva. Ele era criança e foi passar uma temporada na casa da avó. Numa noite de lua cheia, uns olhos que não eram de gente brilharam assustadoramente nas frestas da cozinha, atrapalhando seu sono durante anos.
Seu Orides, o pai do Eliandro Rocha, me presenteou com o relato A burra da figueira. Ele não tirou um tesouro do pé daquela velha árvore que povoou a sua infância, mas, para mim, ele deu essa pérola.
Ilha da Sepultura é a narrativa mais urbana do livro, prova de que uma praia, em pleno verão, também pode esconder relatos de arrepiar.
Corre uma lenda urbana no Brasil de que as obras do pintor italiano Giovanni Bragolin estão envoltas em uma maldição. Verdade ou não, os quadros das crianças chorando sempre me assustaram.
Ao revisar o livro, dei-me conta que o nome da personagem de Uma lágrima na parede era Giovanna… O mesmo nome do artista desses quadros tão medonhos…
O marido da minha irmã, Valmor, certa vez me contou uma história e meu pai disse que é verdade, então eu acreditei. Meu cunhado é pescador, gosta de caçadas… Bom, o fato é que Noite de caça foi o primeiro conto que produzi para o livro. Naquela noite, digitando no meu laptop, senti medo de olhar para os cantos escuros da sala.
Muito do que criei em O último conto condiz com a experiência de ir para uma pousada durante o carnaval e escrever a última história para o livro. O clima da casa não permitiu que lá ficássemos o feriado inteiro, mas foi determinante para a criação de mais um cenário de horror.
A ilustração do Marco Cena e o projeto gráfico da BesouroBox estão impecáveis.
Espero que os leitores também possam enveredar pelo caminho do desconhecido e, assim, recuperar e vivenciar velhas histórias que sempre farão nosso sangue gelar nas veias.

Texto retirado do blog: http://www.sportsmag.com.br/


quarta-feira, 2 de abril de 2014

Dia mundial do livro infantil / Entrevista com Christian David

E aí, pessoal! Tudo bem com vocês?
Hoje, dia 02 de abril, se comemora o dia mundial do livro infantil, e para comemorar este dia tão especial, olha que legal essa entrevista que o blog Cinema e Pipoca fez com Christian David, autor do nosso infanto juvenil O Filho do Açougueiro. Na entrevista ele ainda cita o nosso livrinho, muito interessante!


Cinema e Pipoca: Conte-nos um pouco sobre como começou esta carreira de escritor.
Christian David: Comecei meio que de brincadeira, escrevi duas histórias e mostrei para uma amiga que me incentivou a tentar o financiamento do FUMPROARTE para a publicação de um livro. O FUMPROARTE é um fundo municipal que financia projetos de cultura aqui em Porto Alegre. Pois bem, quando percebi havia recebido a grana para publicar o livro que se chama O Rei e o Camaleão e já está em sua segunda edição, agora com uma boa editora aqui da cidade (Besouro Box). Depois disso passei a encarar com mais seriedade a carreira de escritor e logo em seguida publiquei o Mão Dupla pela Artes e Ofícios. Desde lá tenho produzido e publicado bastante para a minha curta carreira.
C&P: Qual a principal diferença de escrever livros voltados para os jovens e para os adultos?
CD: Não é uma coisa que eu faça com um planejamento engessado, eu procuro contar histórias e elas acabam saindo com uma pegada mais voltada para crianças ou para adolescentes, mesmo os textos que escrevo que são voltados para adultos acabam tendo também uma boa aceitaçao pelo público adolescente. Mas uma coisa eu acredito, é necessária uma dose extra de sensibilidade para escrever para o público infantil e adolescente, não acho que existam temas proibidos, mas o tratamento do tema precisa ser apropriado e a abordagem precisa respeitar a maneira do adolescente e da criança de entender o mundo bem como sua experiência de vida.
C&P: Você lançou dois livros no ano passado: ‘A Menina que Sonhava com os Pés’ e ‘O Filho do Açogueiro’. Como surgiu a idéia de escrevê-los? Poderia nos dar uma breve sinopse deles?
CD: “A Menina que Sonhava com os Pés” começou com a observação dos sentimentos da minha filha em seu primeiro ano na escola e depois tomou rumo próprio, é a experiência de uma menina em seus primeiros dias de aula e o enfrentamento com a realidade da escola e do ensino, tudo isso com uma pitada de fantasia. Bom para crianças e professores refletirem. Ele é belamente ilustrado por uma ilustradora italiana chamada Martina Peluso.
“O Filho do Açougueiro e outros contos de terror e fantasia” é uma coletânea de quase todos os contos de literatura fantástica que escrevi nesses anos de produção. Publiquei em diversas antologias e coletâneas por diversas editoras e achei que havia chegado a hora de transformar isso em livro. A Besouro Box, através da Elaine Maritza e do Marco Cena acharam uma boa proposta e produziram o livro que também conta com capa e ilustrações do Cena. Tem contos para todos os gostos, fantasia, ficção científica e terror.
C&P: Quais suas maiores referências na literatura e quais livros interessavam o pequeno Christian na juventude?
CD: Quando criança lia muita história em quadrinhos de todo o tipo, já na adolescência passei a ler muita fantasia e ficção científica, e também os clássicos da literatura gaúcha, de forma que minhas maiores influências (para citar só algumas) são: Érico Veríssimo, Josué Guimarães, Isaac Asimov, Robert Heinlein, Marion Zimmer Bradley, Monteiro Lobato, Neil Gaiman e Orson Scott Card.
C&P: Qual método que você utiliza para escrever seu livros? Primeiro cria personagens e depois a história em si ou é sempre algo mais orgânico?
CD: Apesar de ser bem organizado em outras áreas da minha vida quando escrevo ainda não consigo desenvolver um planejamento muito rígido. Às vezes parto de ideias e as deixo correr para o papel, outras vezes penso em personagens interessantes e tento dar uma voz a eles, acredito, portanto, ser algo mais orgânico, ainda assim fico sempre no controle da ação e procuro ir aparando as arestas do texto e do enredo ao longo da escrita.
C&P: Para o jovem que quer seguir a carreira de escritor, qual dica você daria para ele?
CD: Sendo bem direto eu daria quatro dicas:
Leia muito e de tudo.
Procure os profissionais da literatura tais como revisores, leitores críticos e preparadores de texto para auxiliar no processo, os textos não nascem perfeitos e a jornada para deixá-los aceitáveis é longa.
Freqüente os círculos literários, fazer contatos é essencial para quem quer publicar.
Persista, as coisas não acontecem da noite pra o dia. Muitas editoras dirão não no caminho até o sim.
C&P: Para quem quiser adquirir seus livros, pode entrar em contato onde?
CD: Meus livros podem ser adquiridos nas melhores livrarias, direto nas editoras (Artes e Ofícios, Paulinas, Gaivota, Besouro Box ou Lê) ou comigo mesmo através do e-mail cndavid13@gmail.com. Para conhecer os livros podem dar uma olhada no meu sitewww.christiandavidescritor.com

Queremos desejar a todos que fazem parte deste mundo dos livros infantis, um feliz dia!!!
Entrevista retirada do blog: http://www.cinemaepipoca.info/